quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Em Londrina, CEI da Câmara Municipal confirma o uso de notas frias em esquema denunciado na secretaria de saúde

INSTITUTO AME CIDADE, 18 de agosto de 2011


A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga os contratos entre a prefeitura de Londrina e os Institutos Gálatas e Atlântico ouviu ontem dois empresários que prestavam serviços na área de saúde da cidade. Um dos empresários confirmou o fornecimento de notas frias e superfaturadas a pedido do Instituto Atlântico, que prestava serviços para a prefeitura.

A CEI na Câmara de Londrina foi instalada depois da investigação da Polícia Federal que encontrou um esquema de corrupção no setor municipal de saúde. A PF concluiu que o Centro Integrado de Apoio Profissional (CIAP) teria desviado R$ 300 milhões de verbas federais ligadas a área da saúde. O CIAP gerenciava em Londrina quatro contratos: Samu, Programa Saúde da Família, Policlínicas e Agentes de Endemias.

Em junho do ano passado o presidente, diretores e funcionários da entidade foram presos. 21 pessoas foram denunciadas criminalmente por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.

Após a conclusão da CEI, os vereadores de Londrina podem pedir a abertura de uma uma Comissão Processante contra o prefeito Barbosa Neto (PDT).

O uso de notas frias para encobrir desvios de dinheiro público tem sido comum em irregularidades encontradas em vários municípios pelo país afora. O problema é que em certas cidades os vereadores não se preocupam nem um pouco em cumprir o dever constitucional de fiscalizar com rigor os gastos públicos efetuados pelo prefeito.


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