terça-feira, 17 de maio de 2011

Secretaria Municipal de Segurança, promessa que só existe como peça de propaganda

INSTITUTO AME CIDADE, 17 de maio de 2011


Outro fato claro que demonstra que o prefeito Hannouche viaja bastante no sentido que a gíria dá à palavra é o da falta de segurança, com a cidade tomada por uma violência que atemoriza os procopenses. Já falamos aqui que, além desta administração não ter tomado nenhuma atitude prática de forma direta para enfrentar o problema da violência, a incapacidade de gestão acaba contribuindo para aumentar a insegurança com suas obras que não terminam nunca e com a falta de cuidados com o patrimônio público e com lugares importantes da cidade.

Cornélio Procópio já teve até obra parada que virou ponto de prostituição e de traficantes e que também era usada para o encontro de marginais e o uso de drogas.

Essa dificuldade em administrar de forma correta cria pontos negros que os procopenses deixam de freqüentar. Com lugares praticamente abandonados pela Prefeitura e impossíveis da população freqüentar, a insegurança aumenta.

Quanto às necessárias providências práticas, elas não surgem nem para honrar promessas de campanha e falas propagandísticas espalhadas para a imprensa. Na campanha eleitoral para sua reeleição, Hannouche teve como peça central a promessa de fazer no primeiro ano de mandato uma Secretaria Municipal Antidrogas em Cornélio Procópio.

Nem vamos entrar no mérito da proposta. A questão da violência não se restringe às drogas. Mas o fato é que já estamos quase entrando no último semestre do penúltimo ano da sua administração e Hannouche nada fez.

Se cumprisse com seus deveres básicos, o prefeito já estaria fazendo bastante pela segurança, pois numa cidade bem cuidada o que acaba prosperando é a qualidade de vida em todas as áreas. Mas, o estilo retumbante é o que impera. E no final, a megalomania fica só na promessa e também não se cumpre com os deveres básicos de uma administração.

Depois de eleito, o prefeito continuou mantendo no ar a idéia de uma Secretaria Municipal Antidrogas, agora como uma peça virtual de propaganda. Em novembro de 2009, ele apareceu numa reportagem da Folha de Londrina fazendo a apologia da tal secretaria.

Na reportagem da Folha, Hannouche afirmou que a secretaria já estaria em funcionamento em janeiro de 2010. Até agora não aconteceu nada e já se passou quase um ano e meio da data da anunciada inauguração. E, a bem da verdade, se o prefeito resolver aparecer agora com a tal secretaria, isso pode ser tomado como demagogia eleitoreira. Para ter resultados sólidos em segurança a idéia deveria ter sido colocada em prática no início da gestão.

Mas é interessante notar como uma administração vai sendo sustentada de forma somente virtual, sem existir de outro jeito que não seja nas falas do prefeito. A Secretaria Municipal Antidrogas não veio no primeiro ano, conforme prometeu durante a eleição e também não estava pronta em janeiro de 2010, conforme ele garantiu para a Folha.

Mas, no final de junho de junho de 2010 ele voltava ao tema durante um encontro com pessoas que trabalham com a recuperação de alcoólatras e dependentes químicos. Na ocasião, Hannouche disse que a Prefeitura “já projeta a criação de uma secretaria municipal antidrogas”. Devia estar falando de um projeto de longuíssimo prazo, pois essa conversa já vem desde 2008.

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