quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pessuti : "Não fui motivo de briga nem no colégio"

FOLHA DE LONDRINA, 9 de setembro de 2010

Governador comentou pela primeira vez episódio envolvendo seu antecessor no litoral paranaense. "As pessoas não estão mais suportando", diz


O governador do Paraná, Orlando Pessuti (PMDB), comentou nesta quarta-feira (8), em entrevista ao repórter Filipi Oliveira, da rádio CBN Curitiba, a agressão física sofrida pelo ex-governador Roberto Requião na segunda-feira (6) em um restaurante de Praia de Leste, litoral do Paraná.

A agressão partiu do diretor comercial do Porto de Paranaguá, João Batista Lopes do Santos, conhecido como João Feio. Requião teria chamado Pessuti de "ladrão", causando revolta a João Feio.

"Nunca tinha sido razão de briga nem entre as meninas do colégio. Agora que atingi minha juventude de 57 anos fui motivo de uma desavença entre dois grandes amigos meus. Nestes últimos 27 anos, o João foi um dos principais cabos eleitorais do Requião", disse Pessuti em entrevista à CBN.

O governador afirma que João Feio é seu assessor desde 1983, quando entrou na Assembleia Legislativa. Sobre Requião, Pessuti disse que o comportamento dele não mudou. "As pessoas não estão mais suportando a insistência com que ele faz acusações. Algumas pessoas sempre tomarão essa atitude de reagir fisicamente. Procuro reagir conduzindo cada vez melhor o governo do estado do Paraná. Sou uma pessoa da paz", disse.

Em julho deste ano, Requião também teria sido agredido pelo presidente do PPS no Paraná, Rubens Bueno, durante um encontro em Campo Mourão. Pelo Twitter, o ex-governador provocou os agressores. "Em toda campanha, encontramos idiotas e bêbados. Nesta, já encontrei um idiota, e um idiota bebado".


Requião leva dois tapas de diretor de porto no Paraná
FOLHA DE S. PAULO, 6 de setembro de 2010

O ex-governador do Paraná e candidato ao Senado Roberto Requião (PMDB) foi agredido hoje pelo diretor comercial do porto de Paranaguá, João Batista Lopes dos Santos, o João Feio, em um restaurante do Pontal do Paraná, no litoral do Estado.

Segundo o diretor, Requião estava num restaurante, onde era realizado um encontro da coligação "A União Faz um Novo Amanhã". Lá, começou a ofender o atual governador do Estado, Orlando Pessuti (PMDB), antigo vice de Requião e responsável pela nomeação de Santos no porto.

O diretor então devolveu as ofensas e começou a xingar o irmão de Requião, Eduardo, antigo secretário estadual dos Transportes e superintendente do porto, e em seguida deu dois tapas na cara de Requião.

"Ele disse que o Pessuti é ladrão e vai para cadeia. Eu disse que o irmão dele que era ladrão e dei dois tapas nele e ele caiu no chão. Ele não sabe brigar. É um piá de prédio. Defendi minha honra e do Pessuti", disse Santos.

Segundo o proprietário do restaurante, João Victor, o incidente durou poucos segundos e Santos foi contido por outras pessoas, inclusive um secretário de Estado. Requião deixou o local em seguida. Seiscentas pessoas estavam no local.

Em sua conta no Twitter, o ex-governador disse que "a violência desnecessária é recurso dos fracos" e que no momento prefere "o exercício da força moral. Força física só no esporte".

Em julho, o ex-governador se envolveu em uma briga com o presidente estadual do PPS, o ex-deputado federal Rubens Bueno, no aeroporto de Campo Mourão (459 km de Curitiba).

Na ocasião, Requião, por meio de sua assessoria, disse que houve um "agarra-agarra", enquanto Bueno afirmou que deu um soco no ex-governador.

À época, no seu Twitter, Requião ironizou o episódio e criticou Bueno. "Vou passar numa farmácia para me vacinar contra raiva de gata no cio."

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