Jovens armados com facão fizeram as ameaças depois do sacerdote tê-los denunciado por atos de vandalismo em um bairro. O padre procurou a imprensa de Londrina depois de não ser atendido pelas autoridades policiais e políticas do município
O padre Nelson Mendes Vasconcelos, responsável pela Paróquia São Francisco, no Jardim Panorama, em Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro, foi ameaçado de morte por dois jovens e um adolescente depois que os denunciou por atos de vandalismo e crimes no bairro.
Há três meses o bairro perdeu a tranquilidade, desde que um grupo de jovens vândalos começou a agir, ainda de acordo com o padre. Ele conta que, após denunciar a ação do grupo à polícia, no dia último dia 9, foi ameaçado. Naquela sexta-feira, chamei os policiais. No domingo, já haviam rapazes me ameaçando", diz o sacerdote, que no dia 12 voltou a registrar uma queixa na delegacia.
Uma moradora, que não quis se identificar por temer represálias, comentou que há alguns dias teve que enfrentar, de madrugada, um grupo de jovens que estava em frente à sua casa fazendo arruaça. "Além de tudo, soltaram uma bomba. Meu pai tinha passado por uma cirurgia na cabeça, muito delicada, e precisava de descanso", explica.
A ameaça ao padre ocorreu no dia 7 de julho. "Eles estavam em três e um deles estava armado com facão. Disseram que iam me matar porque eu os tinha denunciado", relatou à Folha o padre, que resolveu procurar a imprensa de Londrina depois de não ser atendido pelas autoridades policiais e políticas do município.
Ele registrou boletim de ocorrência em relação à ameaça de morte e novamente foi ameaçado. "O rapaz me disse que pagaria um menor para me matar. Eu seria iria "encontrar com a mãe terra" e o menor ficaria 40 dias na delegacia tomando coca-cola", contou o sacerdote.
Há oito anos em Cornélio, o padre disse que a violência aumentou sobremaneira nos últimos dois anos em todos os bairros próximos, como o Jardim Progresso, São Silvestre, Henrique Victorelli, João Rocha, Cebim, Paulo Broda, Jardim União, Vila Almeida e Centro Universitário.
"Há uma série de vandalismo: eles quebram árvores, insultam as pessoas, soltam bombas nas casas das pessoas que tem crianças pequenas. Já houve um adolescente que mostrou as partes íntimas a uma menina de 16 anos", exemplificou. "As pessoas vêm reclamar para mim, mas nada é feito".
Críticas - O padre disse que um chamado a polícia demora mais de 40 minutos para ser atendido. Ele disse que já falou com autoridades das polícias civil e militar, com a juíza e com prefeito e vereadores. "Não há nenhum projeto para melhorar a segurança da cidade. O prefeito e os vereadores foram eleitos para isso, mas nada é feito. O comandante da Polícia Militar mora em Londrina e nunca é encontrado aqui na cidade", desabafou."Esses jovens não respeitam mais ninguém. Nem o padre".
2 comentários:
Tudo isto mostra a cidade em que vivemos, onde não existe governo.
O executivo so mente e engana o povo.
O legislativo é o pior que conheço em meus mais de 30 anos de Cornélio Procópio.
Tenho pena do povo e espero que com o novo governo do estado, sejam apresentados novos programas de governo que de, pelo menos o minimo que todos nos temos direito em todos os setores de nossa vida.
Parabens AME por mais esta iniciativa de mostrar solidário com as pessoas de bem de nossa cidade, como o Padre Nelson.
Padre Nelson, não se cale diante das injustiças, precisamos de mais pessoas iquais ao Senhor no nosso meio.
E pergunto às autoridades; Voceis vão esperar algo de mais grave acontecer para dizerem porque vieram?.
Isto é um absurdo. Uma pessoa como o padre Nelson não merecia isto.
Cade as autoridades, cornelio está ficamos uma cidade muito violenta, porque será.
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