INSTITUTO AME CIDADE, 1 de junho de 2011
Na primeira grande crise do governo de Dilma Rousseff os senadores do Paraná tomaram posição. Álvaro Dias (PSDB) e Roberto Requião (PMDB) querem que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, explique seu impressionante enriquecimento. Já a senadora Gleisi Hoffmann se pôs à frente de uma tropa de choque política para blindar o ministro e ajudá-lo a se safar da crise sem dar satisfações aos brasileiros.
Palocci ganhou 20 milhões de reais nos últimos quatro anos, sendo metade desta fortuna em apenas dois meses e exatamente no período entre a eleição e a posse de Dilma, governo em que durante a campanha já estava claro que ele seria muito poderoso. Além disso, nesse período Palocci fazia parte da equipe de transição de Dilma e tinha poder para acessar dados reservados e planos de investimentos do governo federal.
Entre 2006 e 2010, quando foi deputado federal eleito pelo PT de São Paulo, ele ampliou em 20 vezes seu patrimônio. O jornal Folha de S.Paulo descobriu que o ministro petista comprou um apartamento e um escritório em São paulo no valor de mais de 7 milhões de reais pagos em apenas duas parcelas.
Outra revelação sobre a forma que Palocci juntou tamanha fortuna foi que ele também recebeu R$ 1 milhão para assessorar um processo de fusão de empresas que necessita de aval de órgãos do governo.
O ministro é do apartamento caríssimo descoberto pela Folha, mas na capital paulista mora em outro lugar. A revista Veja desta semana informa que o apartamento onde ele se hospeda fica próximo ao Parque do Ibirapuera e tem 640 metros quadrados e quatro suítes, com valor de mercado de R$ 4 milhões. Procurada pela revista, a assessoria do ministro informou que ele paga aluguel. Como a locação alcança R$ 15 mil mensais e o condomínio e o IPTU somam outros R$ 6,9 mil mensais, a despesa total do ministro com seu apartamento de São Paulo seria de R$ 21,9 mil ao mês. Isso equivale a 83% do salário do ministro.
Palocci está envolvido até em repasses de muito dinheiro para uma Fundação em Ribeirão Preto, cidade onde tem sua base eleitoral. A Fundação tem como vice-presidente uma cunhada do ministro, mulher de seu irmão. Entre 2008 e 2010 a Fundação, que tem a cunhada à frente, recebeu do governo federal R$ 1 milhão.
Do total repassado, R$ 550 mil vieram de convênios cujos recursos foram garantidos por meio de duas emendas apresentadas pelo então deputado federal Antônio Palocci (PT-SP) em 2008 e 2009.
Para os paranaenses, neste escândalo que abalou o governo Dilma e revoltou a população a imagem que deve ficar da senadora Gleisi Hoffmann é a da participação no esquema para blindar Palocci, numa ação contra a transparência e a ética. A senadora petista acredita que a população não merece explicação alguma do ministro que faturou milhões de maneira assombrosa em poucos anos.
Na semana passada os senadores do PT se juntaram ao ex-presidente Lula em um almoço na casa da senadora paranaense e seu marido, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Gleisi e Bernardo fizeram carreira em Londrina, inclusive com cargos importantes no governo de Nedson Micheleti, mas depois mudaram seus domicílios eleitorais para Curitiba.
Com certeza a comilança saiu cara. O buffet contratado para o almoço é o Renata La Porta, o mesmo que fez o banquete do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama
Na saída da reunião liderada por Lula para livrar o ministro de ter de dar qualquer explicação, os senadores e o ex-presidente posaram uma foto histórica desta crise. O objetivo do jantar foi a discussão de meios de proteger o sigilo dos formidáveis ganhos em dinheiro obtidos por Palocci em tão pouco tempo. Apesar da gravidade do caso, na foto todos riem bastante. Espera-se que não seja do contribuinte brasileiro.
Na saída do almoço da articulação para a blindagem de Palocci, Gleisi deu também uma opinião sobre a situação do ministro: “O Palocci está firme no governo”. Os acontecimentos indicam que errou inclusive nisso.
Na primeira grande crise do governo de Dilma Rousseff os senadores do Paraná tomaram posição. Álvaro Dias (PSDB) e Roberto Requião (PMDB) querem que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, explique seu impressionante enriquecimento. Já a senadora Gleisi Hoffmann se pôs à frente de uma tropa de choque política para blindar o ministro e ajudá-lo a se safar da crise sem dar satisfações aos brasileiros.
Palocci ganhou 20 milhões de reais nos últimos quatro anos, sendo metade desta fortuna em apenas dois meses e exatamente no período entre a eleição e a posse de Dilma, governo em que durante a campanha já estava claro que ele seria muito poderoso. Além disso, nesse período Palocci fazia parte da equipe de transição de Dilma e tinha poder para acessar dados reservados e planos de investimentos do governo federal.
Entre 2006 e 2010, quando foi deputado federal eleito pelo PT de São Paulo, ele ampliou em 20 vezes seu patrimônio. O jornal Folha de S.Paulo descobriu que o ministro petista comprou um apartamento e um escritório em São paulo no valor de mais de 7 milhões de reais pagos em apenas duas parcelas.
Outra revelação sobre a forma que Palocci juntou tamanha fortuna foi que ele também recebeu R$ 1 milhão para assessorar um processo de fusão de empresas que necessita de aval de órgãos do governo.
O ministro é do apartamento caríssimo descoberto pela Folha, mas na capital paulista mora em outro lugar. A revista Veja desta semana informa que o apartamento onde ele se hospeda fica próximo ao Parque do Ibirapuera e tem 640 metros quadrados e quatro suítes, com valor de mercado de R$ 4 milhões. Procurada pela revista, a assessoria do ministro informou que ele paga aluguel. Como a locação alcança R$ 15 mil mensais e o condomínio e o IPTU somam outros R$ 6,9 mil mensais, a despesa total do ministro com seu apartamento de São Paulo seria de R$ 21,9 mil ao mês. Isso equivale a 83% do salário do ministro.
Palocci está envolvido até em repasses de muito dinheiro para uma Fundação em Ribeirão Preto, cidade onde tem sua base eleitoral. A Fundação tem como vice-presidente uma cunhada do ministro, mulher de seu irmão. Entre 2008 e 2010 a Fundação, que tem a cunhada à frente, recebeu do governo federal R$ 1 milhão.
Do total repassado, R$ 550 mil vieram de convênios cujos recursos foram garantidos por meio de duas emendas apresentadas pelo então deputado federal Antônio Palocci (PT-SP) em 2008 e 2009.
Para os paranaenses, neste escândalo que abalou o governo Dilma e revoltou a população a imagem que deve ficar da senadora Gleisi Hoffmann é a da participação no esquema para blindar Palocci, numa ação contra a transparência e a ética. A senadora petista acredita que a população não merece explicação alguma do ministro que faturou milhões de maneira assombrosa em poucos anos.
Na semana passada os senadores do PT se juntaram ao ex-presidente Lula em um almoço na casa da senadora paranaense e seu marido, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Gleisi e Bernardo fizeram carreira em Londrina, inclusive com cargos importantes no governo de Nedson Micheleti, mas depois mudaram seus domicílios eleitorais para Curitiba.
Com certeza a comilança saiu cara. O buffet contratado para o almoço é o Renata La Porta, o mesmo que fez o banquete do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama
Na saída da reunião liderada por Lula para livrar o ministro de ter de dar qualquer explicação, os senadores e o ex-presidente posaram uma foto histórica desta crise. O objetivo do jantar foi a discussão de meios de proteger o sigilo dos formidáveis ganhos em dinheiro obtidos por Palocci em tão pouco tempo. Apesar da gravidade do caso, na foto todos riem bastante. Espera-se que não seja do contribuinte brasileiro.
Na saída do almoço da articulação para a blindagem de Palocci, Gleisi deu também uma opinião sobre a situação do ministro: “O Palocci está firme no governo”. Os acontecimentos indicam que errou inclusive nisso.
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