INSTITUTO AME CIDADE, 19 de abril de 2011
O Brasil inteiro discute o episódio ocorrido no Rio de Janeiro com o motorista Joilson Chagas, que devolveu um pacote de R$ 74.800 em dinheiro vivo, esquecido por um passageiro no ônibus que ele dirigia. Este tipo de gesto vem em boa hora, não só para o Rio, que viveu recentemente tragédias naturais e também de violência terrível, como a chacina na escola de Realengo, mas para todo o Brasil.
Pessoas como o motorista Joilson Chagas desmontam de forma prática a sensação de que as coisas estão perdidas no Brasil no plano ético. É preciso combater essa desesperança criada pela corrupção e sua impunidade, até porque é falsa a argumentação de que somos todos iguais no desrespeito à ética.
Mesmo enfrentando um cotidiano difícil, a maioria dos brasileiros se comporta com honestidade e procura educar seus filhos em conformidade com a ética e o respeito aos demais. Não somos um país corrupto, como às vezes se diz, até porque se fosse assim o país já teria falido de vez. Temos sim uma parte considerável dos nossos políticos metida em negócios escusos, mas a maioria dos brasileiros segue suas vidas trabalhando de forma honesta.
O significado de um gesto como este do motorista Joilson é o da diferença em termos de qualidade humana que é determinada por essa porção de brasileiros que respeitam o bem comum e se relacionam de forma honesta com o próximo.
Quando se fala em honestidade no País, busca-se sempre como referência uma famosa fala de Rui Barbosa (1849-1923), aquela em que ele diz o seguinte: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
É uma constatação que, infelizmente, diz muito da época em que vivemos, mas não é com esse pensamento que enfrentaremos a corrupção. E já falamos disso aqui no blog.
A maioria dos brasileiros trabalha com esforço e leva a vida com honestidade, educando seus filhos de forma que eles tenham a consciência de não prejudicar o próximo. E a corrupção, a desonestidade, nada mais é que passar por cima de preceitos básicos de respeito ao semelhante que estão em todas as religiões e filosofias e sem os quais as relações sociais se desestruturam.
Quando um sujeito admirável como o motorista Joilson faz o que ele fez, revela-se que existe um Brasil sendo construído de forma continuada, na labuta honesta do cotidiano da maioria dos brasileiros. Esta gente é que sustenta de fato o nosso país e que afirma com seu trabalho que o Brasil não é isso que alguns políticos querem fazer da nossa Nação.
Rui Barbosa também falou desse Brasil e é nesta sua fala que acreditamos que está o verbo construtor de um país livre de políticos desonestos. Sobre este país que não aceita a corrupção e a desonestidade, Rui Barbosa falava assim:
“O Brasil não é isso! O Brasil não é sócio do clube de jogo e da pândega que se apoderaram de sua fortuna, e o querem tratar como a libertinagem trata as companheiras momentâneas de sua luxúria.
Não! O Brasil não é esse ajuntamento coletivo de criaturas taradas, sobre que possa correr, sem a menor impressão, e sopro das aspirações que nesta hora agitam a humanidade.
Não! O Brasil não é essa nacionalidade fria, deliqüescente, cadaverizada, que recebe na testa, sem estremecer, o carimbo de uma armadilha, como a messalina, recebe no braço a tatuagem do amante, como o calceta, no dorso, a flor-de-lis do verdugo.
O Brasil não aceita a cova que estão cavando os cavadores do Tesouro. Não são os comensais do erário, o Brasil. Não são os sanguessugas de riqueza pública, o Brasil; não são os compradores de jornais, o Brasil, não são os corruptores do sistema republicano, o Brasil. Não são os publicistas de aluguel. Não são os estadistas de impostura.”
O Brasil inteiro discute o episódio ocorrido no Rio de Janeiro com o motorista Joilson Chagas, que devolveu um pacote de R$ 74.800 em dinheiro vivo, esquecido por um passageiro no ônibus que ele dirigia. Este tipo de gesto vem em boa hora, não só para o Rio, que viveu recentemente tragédias naturais e também de violência terrível, como a chacina na escola de Realengo, mas para todo o Brasil.
Pessoas como o motorista Joilson Chagas desmontam de forma prática a sensação de que as coisas estão perdidas no Brasil no plano ético. É preciso combater essa desesperança criada pela corrupção e sua impunidade, até porque é falsa a argumentação de que somos todos iguais no desrespeito à ética.
Mesmo enfrentando um cotidiano difícil, a maioria dos brasileiros se comporta com honestidade e procura educar seus filhos em conformidade com a ética e o respeito aos demais. Não somos um país corrupto, como às vezes se diz, até porque se fosse assim o país já teria falido de vez. Temos sim uma parte considerável dos nossos políticos metida em negócios escusos, mas a maioria dos brasileiros segue suas vidas trabalhando de forma honesta.
O significado de um gesto como este do motorista Joilson é o da diferença em termos de qualidade humana que é determinada por essa porção de brasileiros que respeitam o bem comum e se relacionam de forma honesta com o próximo.
Quando se fala em honestidade no País, busca-se sempre como referência uma famosa fala de Rui Barbosa (1849-1923), aquela em que ele diz o seguinte: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
É uma constatação que, infelizmente, diz muito da época em que vivemos, mas não é com esse pensamento que enfrentaremos a corrupção. E já falamos disso aqui no blog.
A maioria dos brasileiros trabalha com esforço e leva a vida com honestidade, educando seus filhos de forma que eles tenham a consciência de não prejudicar o próximo. E a corrupção, a desonestidade, nada mais é que passar por cima de preceitos básicos de respeito ao semelhante que estão em todas as religiões e filosofias e sem os quais as relações sociais se desestruturam.
Quando um sujeito admirável como o motorista Joilson faz o que ele fez, revela-se que existe um Brasil sendo construído de forma continuada, na labuta honesta do cotidiano da maioria dos brasileiros. Esta gente é que sustenta de fato o nosso país e que afirma com seu trabalho que o Brasil não é isso que alguns políticos querem fazer da nossa Nação.
Rui Barbosa também falou desse Brasil e é nesta sua fala que acreditamos que está o verbo construtor de um país livre de políticos desonestos. Sobre este país que não aceita a corrupção e a desonestidade, Rui Barbosa falava assim:
“O Brasil não é isso! O Brasil não é sócio do clube de jogo e da pândega que se apoderaram de sua fortuna, e o querem tratar como a libertinagem trata as companheiras momentâneas de sua luxúria.
Não! O Brasil não é esse ajuntamento coletivo de criaturas taradas, sobre que possa correr, sem a menor impressão, e sopro das aspirações que nesta hora agitam a humanidade.
Não! O Brasil não é essa nacionalidade fria, deliqüescente, cadaverizada, que recebe na testa, sem estremecer, o carimbo de uma armadilha, como a messalina, recebe no braço a tatuagem do amante, como o calceta, no dorso, a flor-de-lis do verdugo.
O Brasil não aceita a cova que estão cavando os cavadores do Tesouro. Não são os comensais do erário, o Brasil. Não são os sanguessugas de riqueza pública, o Brasil; não são os compradores de jornais, o Brasil, não são os corruptores do sistema republicano, o Brasil. Não são os publicistas de aluguel. Não são os estadistas de impostura.”
Sobre o ato do motorista Joilson Chagas, publicamos em nosso clipping matérias feitas com ele pelo jornal O Globo, inclusive com um depoimento comovente do motorista em vídeo. Para ler, clique aqui.
Um comentário:
Boa!!! Este é o nosso Brasil e não a corrupção dos políticos!!!
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