sexta-feira, 23 de abril de 2010

Vereador Tito Valle é acusado de “dividir” salário com assessor

JORNAL DE LONDRINA, 23 de abril de 2009

MP abriu investigação para apurar a denúncia de que o vereador le Londrina ficava com parte dos vencimentos de assessores. Valle nega as acusações e diz ser vítima de perseguição


Mais um vereador de Londrina é alvo de investigações do Ministério Público (MP). Desta vez, as acusações de irregularidades recaem sobre Tito Valle (PMDB), que é suspeito de ficar com parte do salário de assessores. De acordo com a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, um processo investigatório foi aberto para apurar a denúncia.

Na manhã desta sexta-feira (23), Valle negou as acusações e afirmou que não praticou nenhuma irregularidade. Ele afirmou ainda que os assessores já ganham baixos salários e que não “teria cabimento dividir [os vencimentos]”. “Imagina que eu vou dividir o salário dele comigo. Seria uma injustiça.”

O vereador acredita que a denúncia feita ao MP é “uma perseguição política”. Segundo o parlamentar, adversários podem estar usando pessoas para manchar o mandato dele. “Meu gabinete tinha cinco assessores. Reduzi esse número para quatro, pois precisava de uma pessoa especializada em computação para organizar os documentos. Desta forma, transformei dois assessores em um, o que pode ter deixado alguém chateado”, afirmou.

Valle diz que ainda não tomou conhecimento do teor da denúncia. No entanto, ele fala que as acusações podem ter partido de ex-assessores. O vereador também se colocou à disposição do MP. “Estou aberto para prestar qualquer tipo de esclarecimento. Reafirmo que a denúncia é absurda e jamais este tipo de atitude ocorrerá no meu gabinete.”

Com a denúncia contra Tito Valle, cinco dos 19 os vereadores da atual legislatura já são alvos de investigações do Ministério Público. Além do pemedebista, Joel Garcia (PDT), Rodrigo Gouvêa (sem partido), Paulo Arildo (PSDB) e Jacks Dias (PT) são acusados de praticarem irregularidades administrativas.

Jacks presta depoimento
O vereador Jacks Dias (PT) presta depoimento, na tarde desta sexta-feira (23), no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Ele será ouvido pelo delegado Alan Flore sobre o suposto recebimento de R$ 6 mil mensais, durante seis meses, de uma empresa terceirizada para manter o contrato com a Prefeitura.

A denúncia é referente ao período em que Dias ficou a frente da Secretaria de Gestão Pública, na última gestão do prefeito Nedson Micheletti (PT). O vereador negou ter recebido os valores. A empresa que prestava serviço alegou que o dinheiro foi doações ao PT.

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