terça-feira, 2 de março de 2010

Acompanhe o histórico do caso que culminou na cassação do prefeito Milton Martini

O DIÁRIO DE MARINGÁ, 2 de março de 2010

29 de novembro
Com a manchete “Sarandi / MP abre um inquérito por semana contra prefeitura”, O Diário apresenta, com exclusividade, as provas da compra ilegal de equipamentos na loja do então chefe de Gabinete, Ailson de Carvalho, e informa que o Ministério Público (MP) investiga a administração de Milton Martini.

30 de novembro
A Câmara de Vereadores abre uma Comissão Processante (CP) para julgar Martini. Os vereadores iriam abrir uma comissão de investigação, mas os documentos apresentados pela reportagem permitiram pular essa fase do processo.

1º de dezembro
Em entrevista coletiva, Martini admite a compra irregular na loja do ex-secretário. No mesmo dia, os vereadores da CP fazem a primeira reunião para discutir como serão os trabalhos.

2 de dezembro
O vice-prefeito de Sarandi, Carlos Alberto de Paula Junior (PDT), diz não compactuar com a administração de Martini e pede exoneração do cargo de secretário de Planejamento. O prefeito manda esvaziar a sala do vice e leva os móveis para o seu Gabinete.

3 de dezembro
Integrantes de partidos políticos que fazem parte da administração Martini pedem exoneração dos cargos.

5 de dezembro
O secretário do Meio Ambiente de Sarandi e presidente do Democratas (DEM), José Luiz de Almeida, pede demissão por causa das denúncias contra a administração.

8 de dezembro
CP faz a primeira tentativa para notificar Martini, dando início ao processo.

15 de dezembro
O secretário de Fazenda de Sarandi, Carlos Roberto Falaschi, pede demissão do cargo. Um dia antes a procuradora jurídica, Cláudia Vanessa Cardoso Camacho, também havia se demitido.

16 de dezembro
Moradores de Sarandi fazem a lavagem da calçada da prefeitura. Segundo os organizadores, a lavagem simboliza “a limpeza da sujeira e da corrupção”.

17 de dezembro
O juiz Loril Leocádio Bueno Júnior, da Vara Cível de Sarandi, determina o afastamento do prefeito atendendo a pedido do Ministério Público. Martini é acusado de tentar obstruir as investigações. No mesmo dia o vice assume.

19 de dezembro
Martini entra com recurso no Tribunal de Justiça do Paraná.

21 de dezembro
CP rejeita defesa prévia de Martini, alegando que ele não se defendeu nem negou que tenha autorizado a compra dos equipamentos na loja do ex-chefe de Gabinete.

22 de dezembro
O MP ajuiza ação de improbidade administrativa contra o prefeito afastado e mais nove pessoas, entre elas a primeira-dama Helga Fuchs Martini, os ex-secretários Gilson Barbiero e Ailson Carvalho e a ex-procuradora jurídica Claudia Vanessa Cardoso Camacho.

23 de dezembro
TJ derruba liminar que o afastou o prefeito e Martini reassume.

7 de janeiro
Martini vai a Curitiba tentar, no TJ destituir a CP.

8 de janeiro
CP começa a ouvir testemunhas arroladas no processo.

12 de janeiro
A desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima, do TJ nega o pedido de liminar do prefeito contra a CP.

13 de janeiro
Vereadores tentam intimar prefeito para testemunhar na Câmara

15 de janeiro
CP marca para o dia 26 o depoimento do prefeito.

17 de janeiro
CP começa as oitivas das testemunhas do processo

18 de janeiro
Defesa de Martini tenta manobras para obstruir processo no primeiro dia de oitivas

20 de janeiro
O vereador Aparecido Biancho, do PT, relator da CP, registra queixa na Delegacia de Polícia, pela segunda vez, por estar sendo ameaçado.

21 de janeiro
O ex-chefe de Gabinete depõe na Câmara e anexa ação civil pública, proposta pelo MP contra Martini, com acusações de fraudes em licitações. A CP recebe os documentos, mas decide se ater ao tema principal dos depoimentos.

25 de janeiro
Para evitar as manifestações que estavam marcadas para o dia seguinte, o prefeito de Sarandi antecipa seu depoimento à CP. Em sua defesa, Martini diz que não sabia que a empresa pertencia a seu secretário e que, ao ser informado, exonerou Ailson e devolveu o dinheiro à prefeitura.

10 de fevereiro
A Comissão Processante conclui a fase das oitivas.

20 de fevereiro
Populares fazem manifestação pelas ruas de Sarandi pedindo a cassação do prefeito.

22 de fevereiro
CP diz que provas são consistentes e entrega o relatório final recomendando a cassação.

23 de fevereiro
Presidente da Câmara, Silas Morais, marca para a segunda-feira, dia 1º de março o julgamento do prefeito.

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